Futebol do Pará liga o 'desconfiômetro' contra a máfia das apostas Carlos Ferreira 18.02.23 7h00 O mercado de apostas no futebol já movimenta mais de R$ 15 bilhões por ano no Brasil. Essas apostas são bem diversificadas. Vão do placar do jogo à quantidade de escanteios em cada tempo, cartões amarelos e vermelhos, agressão ao colega, pênaltis, gols contra... Isso tudo parece suspeito aos especialista na caça às fraudes. O assunto voltou a ter destaque por casos da última Série B que estão sob investigação. SportRadar, uma empresa que atua em várias regiões do mundo, está a serviço da CBF no monitoramento do futebol brasileiro, e já vinha fazendo esse serviço no Parazão. A FPF acaba de ampliar o raio de monitoramento para a Segundinha e para o campeonato sub 20, competições também visadas pela máfia. Como funciona o esquema? Operadores da máfia fazem propostas a jogadores em dificuldade financeira, principalmente os que estão no início ou no final da carreira. Eles pagam para que atletas façam acontecer em seus jogos o que foi apostado. Quando ocorre a coincidência entre alto volume de apostas e o fato estranho, é dado o sinal para que clubes ou Federações façam denúncia ao Ministério Público ou à Polícia. O imenso sucesso do mercado de apostas rendem bons patrocínios aos clubes. O negócio já tornou-se um mal necessário ao futebol. O desafio das instituições é zelar pela honestidade no negócio, e a forma é punição aos criminosos. BAIXINHAS * Paysandu e Remo foram diretamente atingidos por organização criminosa em campeonatos brasileiros. Em 1993, o árbitro Valter Senra foi incumbido pelo chefão da arbitragem da CBF, Ivens Mendes, de ajudar a Portuguesa de Desportos a eliminar o Remo no Canindé, em "mata mata", depois de goleada do Leão em Belém por 5 x 2. * Senra anulou um gol de Agnaldo sem justificativa nenhuma. Se esforçou na ajuda à Portuguesa, que venceu por 2 x 0, mas foi eliminada no saldo de gols. Quatro anos depois, quando caiu o esquemão de Ivens Mendes, o árbitro confessou que trabalhou sob encomenda naquele jogo, embora não tenha cumprido o objetivo. * O Paysandu teve que repetir um jogo contra o Cruzeiro, em Belém, quando 11 jogos da Série A de 2005 foram anulados. Um estrago da máfia do apito, cujo principal nome era Edilson Pereira de Carvalho, árbitro até então bem conceituado. * Nos campeonatos estaduais era recorrentes as fofocas acerca de suborno de atletas e árbitros. Favorecimentos bancados pelos próprios favorecidos. Agora, na era das apostas, clubes são favorecidos ou prejudicados sem saber, por ações e interesses de terceiros. * Que não haja, então, interferência qualquer no único jogo profissional deste domingo de carnaval no Pará: Castanhal x Real Ariquemes/RO, pela Copa Verde, 15:30, na cidade modelo. Esse jogo define o adversário do atual campeão da CV, Paysandu, no jogo da próxima quinta-feira. * Se der Japiim, hoje, haverá dois confrontos seguidos e muito próximos de Paysandu x Castanhal. É que no domingo eles vão se enfrentar pelo campeonato estadual, também na Curuzu. Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave esportes colunas carlos ferreira carlosferreira COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Carlos Ferreira . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! ÚLTIMAS EM CARLOS FERREIRA Carlos Ferreira Vergonha! Em 15 jogos, só uma vitória 17.05.24 6h00 Carlos Ferreira Papão volta a ser vítima de si mesmo 16.05.24 6h00 Carlos Ferreira Papão em jogo para o máximo rendimento 15.05.24 6h00 Carlos Ferreira Papão: ofensividade sem equilíbrio 14.05.24 6h00