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Milagres: conheça as histórias de Walbert e Paulo, que tiveram suas vidas transformadas

Walbert Monteiro e Paulo Santos compartilham a fé e milagres de Nossa Senhora de Nazaré

Paloma Lobato
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Círio de Nazaré é uma das maiores manifestações culturais e religiosas do Brasil, onde milhões de pessoas compartilham do amor e fé em Nossa Senhora de Nazaré. Em meio à multidão, muitos fiéis trazem histórias inesquecíveis, além de testemunhos de milagres e mudanças.

Quem vivenciou uma experiência única e teve a vida completamente transformada por Nossa Senhora de Nazaré foi o jornalista e escritor Walbert Monteiro. Apesar de ter crescido em uma família tradicionalmente católica, algumas decepções e um aguçado senso crítico o motivaram a se distanciar da igreja. Até que um dia, aos 38 anos, um grave acidente de carro durante uma viagem para São Paulo, começou a mudar a vida de Walbert.

“Eu peguei um táxi, pedi para o motorista ir devagar, que eu tinha todo o tempo do mundo. O cidadão entendeu a coisa ao contrário, entrou na outra pista, e lá vinha um Opala. Na velocidade que ele dirigia, atingiu a gente. Quando eu pressenti que a colisão era inevitável, eu, instintivamente gritei: ‘valei-me, Nossa Senhora de Nazaré!’. E a pancada aconteceu. Não sei quantas vezes nós capotamos”, tira da memória o escritor.

Ao perceber a gravidade do acidente, o jornalista constatou que o motorista havia morrido no local. De maneira surpreen - dente para todos que presenciaram a colisão, Walbert saiu do acidente com fraturas consideradas mínimas diante do estado em que o veículo ficou. Meses após o acidente, o jornalista se questionava sobre o motivo para ter sobrevivido. “Fiquei nessa reflexão, questionando o porquê de ter tido essa segunda chance”, afirma.

A glória do reencontro

Tempos depois, Walbert Monteiro foi convidado a fazer parte da diretoria do Círio de Nazaré. Mesmo com a experiência que já havia vivido com a Rainha da Amazônia, o agradecimento pelo livramento no acidente ainda não tinha acontecido, mas um encontro inesperado e sobrenatural marcaria definitivamente a história dele com Maria.

image O escritor Walbert Monteiro tem a certeza de que foi Nossa Senhora de Nazaré que o livrou do pior durante um grave acidente de carro (André Oliveira / O Liberal)

Naquela época, a descida do Glória era realizada com as portas da Basílica fechadas e somente a di - retoria da festa participava. Para o jornalista, aquele momento era visto apenas como um ato simbólico. “Quando eu toquei na imagem, recebi uma descarga elétrica. Meu corpo tremia todo. Eu olhei a imagem e, instintivamente, coisa que pelas minhas convicções, até então, eu não faria, a beijei. Caí num choro convulso, que eu não sabia porque estava chorando, porque aquelas lágrimas estavam vindo. Depois eu entendi que quando estava prestes a morrer, gritei ‘valei-me, Nossa Senhora de Nazaré’. Aquele, digamos, era um primeiro encontro. A partir daí, eu me transformei, de fato, em um devoto Mariano”, finaliza.

Amor de Maria

Viver o Círio de Nazaré é uma graça, um privilégio para os católicos paraenses e para quem tem a oportunidade de estar presente no segundo domingo de outubro, em Belém. Um mar de gente toma conta das ruas da cidade, com diversas demonstrações de fé, amor e gratidão à Nossa Senhora.

Paulo Santos é uma dessas pessoas. Guarda de Nazaré, ele sentiu na pele, e no peito, o amor de Maria e a possibilidade de ter uma nova chance de vida. Em 2016, viu a vida passar por um triz ao voltar de uma missa na Basílica. No caminho para casa, presenciou a cena de um crime, onde um policial foi assassinado. Em meio ao tiroteio, Paulo foi atingido por uma bala no peito.

“Quando eles começaram a atirar nele, correram na minha direção. No momento em que eu fui correr pra fugir da linha de tiro, fui atingido. Eu estava usando o uniforme da Guarda. Senti uma dor imensa, algo queimando no meu peito. Parei, sentei no chão, abri minha camisa e vi sangue”, lembra. Mesmo em meio a dor e com um ferimento no peito, Paulo conta que foi até o policial e orou por ele. “Eu atravessei a rua, olhei para ele morto e comecei a rezar. Mesmo ferido, eu disse que, infelizmente, eu não pude fazer nada naquele momento por ele”, ressalta.

Para o sobrevivente, a ligação especial que tem com Nossa Senhora se tornou ainda mais evidente no dia do incidente. “A marca do tiro estava bem ao lado da imagem de Nossa Senhora na camisa, na altura do coração. A impressão que eu tinha era que ela estava dizendo ‘olha, meu filho, eu estou aqui contigo, te protegendo e nada demais vai acontecer’. Ela, como mãe, acolhe, cuida e protege. Eu sei que o tempo todo, a minha vida todinha ela me carregou no colo”, diz, emocionado, o guarda de Nazaré.

image Experiência de fé com Nossa Senhora de Nazaré mobiliza milhões de pessoas pelas ruas de Belém (Felipe Bispo / O Liberal)

VOCÊ SABIA?

Em 8 de novembro de 1974, foi fundada a maior guarda católica voluntária do mundo: a Guarda de Nossa Senhora de Nazaré. Hoje, conta com 2.000 integrantes, todos do sexo masculino e voluntários. Devido a sua importância social e religiosa, a Guarda de Nazaré é reconhecida como Patrimônio Cultural e Imaterial do Estado do Pará.
 

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