Médico é condenado à prisão por deformar pacientes

A ação resultou das denúncias de quatro das 30 vítimas que acusaram o médico por procedimentos malfeitos

Luciana Carvalho
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Nesta terça-feira (14), a 8ª Vara Criminal dos Crimes Punidos com Reclusão e Detenção do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) condenou o médico Wesley Noryuki Murakami à pena de 9 anos, 10 meses e 10 dias, por crimes de lesão corporal contra nove mulheres. Na Justiça do Distrito Federal, o médico também responde a processos por deformar pacientes. Em 2019, ele se tornou réu em ação penal que corre na Vara Criminal e Tribunal do Júri de Águas Claras.

O tribunal aceitou denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), que o acusou Murakami de ofender a integridade corporal e a saúde de diversos pacientes, provocando deformidades permanentes no rosto e corpo das vítimas. A ação foi resultado das denúncias de quatro das 30 vítimas que apresentaram queixa por procedimentos malfeitos.

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“Todo o acervo probatório corrobora que [elas] tiveram a integridade física ofendida, [sofrendo] deformidades permanentes em razão da conduta ilícita praticada pelo acusado”, afirmou o juiz, Luciano Borges. “Durante anos, Wesleu Noryuki Murakami da Silva realizou os procedimentos narrados na denúncia e pelas vítimas, a todo momento ciente dos resultados negativos, das dores experimentadas pelas ofendidas, dos transtornos, constrangimentos e [das] deformidades que as atingiu. Mesmo assim, continuou praticando as condutas lesivas, sem se importar com as consequências, assumindo o risco plenamente conhecido por ele, agindo, portanto, com dolo [intenção] eventual”, completou o magistrado.

Como o médico respondeu ao processo em liberdade, ele também terá direito de recorrer da decisão em liberdade.

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