Fósseis encontrados no Nordeste brasileiro são apresentados no Museu Nacional

A coleção, com mais de 1,1 mil peças, agora faz parte do acervo do museu - que está em processo de restauração e reconstrução. Dentre os fósseis, há dois que ainda não foram identificados na literatura científica.

Lívia Ximenes
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A nova coleção do Museu Nacional, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), conta com mais de 1,1 mil fósseis encontrados no Nordeste do Brasil. Na manhã dessa terça-feira, 7, a direção do museu e o Instituto Inclusartiz apresentaram as peças como parte do acervo. Entre a coleção, há vestígios de plantas, insetos e dinossauros.

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Os fósseis foram coletados na Bacia do Araripe, entre Ceará, Pernambuco e Piauí. O colecionador Burkhard Pohl doou as 1.104 peças, como parte de uma união entre iniciativa pública e privada. “É preciso ter uma coleção de fósseis do Brasil no museu mais importante do país”, declarou. Dentre as peças, há duas de dinossauros ainda não identificadas pela literatura científica.

image Mais de 1,1 mil fósseis encontrados no Nordeste são apresentados no Museu Nacional (Reprodução / Cristina Boeckel / G1)

O Museu Nacional passa por um período de reconstrução e restauração desde 2018, após ser atingido por um incêndio. Membro do Instituto Inclusartiz, Frances Reynolds disse que é importante se voltar para a digitalização de peças e o fortalecimento de relações com outras instituições. “Você pode ter o melhor prédio, mas se não tem coleção, você não tem nada”, afirmou.

Alexander Kellner, presidente do Museu Nacional, estimou a reabertura do espaço para abril de 2026. “O que perdemos é grave e não temos como recuperar. Os fósseis e o material etnográfico. São peças únicas. Nós temos que aprender com os nossos erros e merecer essas novas coleções. Por isso, essas doações são importantes para nós”, disse. O presidente apontou para a relevância de parcerias com instituições públicas e privadas como forma de reconstruir o acervo do museu.

image A coleção foi doada por Burkhard Pohl em união de iniciativa pública e privada (Reprodução / Cristina Boeckel / G1)

Fundado em 1818 por Dom João VI, o Museu Nacional foi residência da Família Real Portuguesa e sede do Governo Imperial. No acervo havia mais de 20 milhões de peças, entre elas fósseis de dinossauros e trajes indígenas históricos. O incêndio foi provocado por um curto-circuito em um ar-condicionado, ocasionado por diversos fatores, como ausência de investimentos, infraestrutura precária e falta de planos de contingência.

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(*Lívia Ximenes, estagiária sob supervisão da coordenadora de Oliberal.com, Heloá Canali)

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