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Grupo de Belém leva cultura paraense para maior evento de danças árabes do mundo

Entre os dias 19 e 21 de abril, o grupo de danças “Raízes” participaram do evento “Mercado Persa”, levando a musicalidade e os ritmos do Pará

Gabriel Pires
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Paraenses do grupo de danças “Raízes” participaram, entre os dias 19 e 21 de abril, do evento “Mercado Persa”, em São Paulo, considerado o maior congresso de danças árabes do mundo. Buscando levar a cultura do Pará pelo Brasil afora, o grupo, composto por nove bailarinos, apresentaram performances embaladas pelos ritmos do carimbó, calypso e tecnomelody. Essa manifestação artística se torna ainda mais evidente nesta segunda-feira (29), o Dia Internacional da Dança.

Realizado há 28 anos, o evento reúne mais de 8 mil pessoas entre profissionais, estudantes e apreciadores da arte da dança oriental (dança do ventre), além de contar com expositores, desfiles, apresentações artísticas, workshops, palestras e competições. Artistas do mundo todo se reúnem neste evento. Para o bailarino Myke Morais, integrante do grupo “Raízes”, esse foi um momento de elevar os ritmos do Pará em um contexto nacional, além de propagar a cultura da região.

“Nos inscrevemos neste renomado evento com objetivo de levar uma apresentação artística que juntasse danças paraenses e a dança do ventre. Com este foco, montamos um projeto que buscasse retratar a identidade da cultura paraense. E foi assim que concluímos pelo carimbó, calypso e tecnomelody. Executamos um processo coreográfico fazendo questão de iniciar nossa apresentação honrando nossas tradições, reverenciando o mestre Verequete e dançando carimbó”, diz Myke.

Preparação

Ele ainda detalhe como foi o restante do processo de preparação até às apresentações em São Paulo: “Introduzimos, também, o calypso e o tecnomelody, gêneros musicais que nasceram na periferia de Belém, uma cultura periférica, e que dialogam com a rotina do paraense. Para deixar nossa apresentação ainda mais raiz, introduzimos no projeto musical um solo de percussão de tambor djambo tirada pelo músico Armando Mendonça. E ainda, uma chamada especial de tecnomelody da cantora paraense Sandrinha Wele”, acrescenta.

“O público do evento ficou extremamente entusiasmado com a nossa apresentação. Por onde andávamos, éramos cumprimentados e elogiados pelo trabalho coreográfico apresentado. Profissionais renomados do cenário da dança do ventre no Brasil vieram nos parabenizar. Até a rainha do tecnomelody, Viviane Batidão, nos parabenizou.  Foi indescritível. Foi uma experiência incrível participar de um dos maiores congressos de dança, arte e cultura oriental”, comemora Myke.

Para Myke, a representatividade local é muito importante de ser expressada - sobretudo no campo das artes e da dança. “Nosso estado é repleto de artistas talentosos e isso é muito importante ser levado e anunciado pelo mundo afora. Somos talentos puro. E, quanto a nossa identidade paraense, representar nossa cultura invade um espaço de honra e orgulho que alcança a alma. É levar nosso estado no coração”, pontua o bailarino.

Amor pela dança

“O grupo Raízes é um coletivo de dança, composto por 7 pessoas, que são apaixonadas pela dança. É puro amor. O corpo coreográfico é formado por bailarinos de vários bairros [de Belém] Inclusive, por um bailarino que reside no Marajó e uma bailarina cearense. O Raízes é um grupo totalmente colaborativo, onde todos os bailarinos contribuem com suas experiências na dança, no teatro, na arte em geral. Compreendemos que, enquanto coletivo, podemos aprender juntos e ter exponenciais trocas da arte e de relações humanas”, destaca Myke.

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