Estudante da UFPA desenvolve aplicativo que estima o consumo de energia de maneira individual

Ela e estudantes de Santarém são finalistas na última fase da 12ª edição do Campus Mobile, cujo resultado será divulgado nesta terça-feira (7)

Dilson Pimentel
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Uma estudante da Universidade Federal do Pará (UFPA) desenvolveu um aplicativo que permite que as pessoas possam estimar o consumo de energia de maneira individual. Nicole Moura Hartery, de anos 26, está participando de uma competição cujo resultado será divulgado nesta terça-feira (7).

Ela e estudantes de Santarém conquistaram vaga e vão representar a região Norte na última fase da 12ª edição do Campus Mobile, concurso de inovação e empreendedorismo que reúne estudantes e recém-formados, de cursos de graduação, mestrado e doutorado, de todo o Brasil. Os projetos, que concorrem ao prêmio final, são voltados para as categorias de Smart Cities e Entretenimento e apresentam soluções para o uso de energia elétrica de forma consciente e para viabilizar o consumo de arte amazônica.

O WattSabe, que concorre na categoria de Smart Cities, foi idealizado por Nicole Moura Hartery. Ela contou que a ideia surgiu de uma necessidade identificada em seu dia a dia e no de seus familiares que, por conta das altas tarifas de energia elétrica no Pará, sentem-se inseguros com uso de eletrodomésticos, pois não conseguem ter o controle de quanto poderão vir a pagar em suas contas mensais.

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Ao conhecer o Campus Mobile, a jovem identificou uma oportunidade de pôr a sua ideia em prática e desenvolver o aplicativo com o apoio das mentorias e oficinas disponibilizadas pela iniciativa. Também representando a região, estão as estudantes Alice Thayná Costa Lopes, 23 anos, e Anna Thaís Costa Lopes, 26, moradoras de Santarém, no Pará, que se uniram a Cliton Hudson Moreira Pessoa, 26, do Rio de Janeiro.

Graduandos dos cursos de computação e engenharia, os jovens apresentaram um aplicativo na categoria de Entretenimento, chamado de Cariátides Ecoarte - Aplicativo de Arte e Cultura Amazônica. A plataforma, que tem como objetivo levar visibilidade para os artistas do Norte por meio da tecnologia, funciona como um catálogo digital e uma galeria virtual para imersão do usuário e explora o potencial de conectar clientes e entusiastas de artes da Amazônia.

"É uma estimativa, mas ajuda", diz estudante Nicole

Em entrevista à Redação Integrada de O Liberal, Nicole Moura falou sobre o aplicativo. “A gente vive em um Estado onde a conta de energia é muito alta. A minha ideia era uma forma de eu conseguir fazer esse cálculo estimado. É uma estimativa, mas ajuda”, contou. Ela comentou sobre a necessidade pessoal de saber, por exemplo, quanto custa usar uma Airfryer durante um certo período.

“A Airfryer tem uma potência de 1500 Watts, por exemplo. E eu quero deixar esse Airfryer ligada por 5 minutos fazendo alguma coisa e quero saber o quanto isso adicionaria na minha conta”, contou. “A ideia é que a pessoa que use o aplicativo consiga fazer essa estimativa para a pessoa ter uma noção. Essa é a funcionalidade básica do aplicativo”, afirmou.

O aplicativo pode ser usado para qualquer aparelho que a pessoa souber a potência, como, por exemplo, micro-ondas. O aplicativo começou a ser desenvolvido em novembro. “Ele é gratuito. Atualmente funciona só no celular, no navegador. Mas, no futuro, eu vou botar na loja mesmo, na Google Play Store e na App Store para ele funcionar iOS e Android”, explicou. Para baixar o aplicativo o caminho é acessar o seguinte endereço eletrônico: wattsabe.web.app. E, em seguida, seguir as orientações que constam do site.

O Campus Mobile é um concurso de inovação e empreendedorismo que busca estimular estudantes universitários e jovens recém-formados a desenvolverem soluções por meio de aplicativos, produtos e serviços do segmento mobile que promovam impacto social e benefícios à população. A iniciativa é realizada pela Associação do Laboratório de Sistemas Integráveis Tecnológico (LSI-TEC) em parceria com o Instituto Claro e com o apoio da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) e do beOn Claro, hub de inovação da Claro e Embratel.

 

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