Doadores e voluntários de Belém se mobilizam para ajudar vítimas de enchente no Rio Grande do Sul

Prefeitura de Belém, órgãos públicos e iniciativa privada também têm iniciativa na capital do estado

Camila Guimarães
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Cresce o número de doações e também de voluntários de Belém mobilizados em prol das pessoas atingidas pela enchente no Rio Grande do Sul. A tragédia já soma 83 mortos, mais de 100 desaparecidos, em um universo de 850 mil afetados. Na capital paraense, uma iniciativa que foi elaborada em apenas um dia e começou ainda nesta segunda-feira, 6, vem agregando a generosidade de quem deseja doar com a proatividade de quem gosta de voluntariar.

É a Campanha Ação Solidária do Norte ao Sul, elaborada por um grupo de amigos filantrópicos de Belém, que já conta com oito pontos de arrecadação, com diferentes parceiros, para promover o envio de donativos ao Rio Grande do Sul na próxima quarta-feira, 8. Além dessa iniciativa, a capital paraense também passa a contar com a mobilização da Prefeitura de Belém, do Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) e outros entes públicos e privados. Confira a lista ao final da matéria.

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O desejo de voluntariar

A advogada Maynara Diniz, de 29 anos, conta que ficou sabendo ainda no domingo, 7, sobre a Campanha Ação Solidária do Norte ao Sul, por meio das redes sociais, entrou em contato com a organização do grupo e se prontificou para ajudar.

"A gente viu o anúncio ontem e eu procurei uma das organizadoras, até porque ajudar é uma coisa muito natural do ser humano. A gente tem acompanhado pelos noticiários a situação do Rio Grande do Sul e resolvi fazer algo pelo próximo", conta.

image A advogada Maynara Diniz encontrou uma forma de encaixar a solidariedade na agenda e se voluntariar. (Cristino Martins / O Liberal)

Maynara relata que foi muito simples se integrar à equipe e que, mesmo tendo o dia a dia corrido, conseguiu encontrar uma forma de encaixar a solidariedade na agenda. Ela também fala do sentimento recompensador de ajudar:

"Eu expliquei [à organização da campanha] que pela manhã eu trabalho e só poderia vir pela tarde. Deixei tudo organizado no escritório para poder vir e até quarta-feira vou estar voluntariando. É muito bom saber que, pelo menos um pouquinho, a gente pode amenizar a dor das pessoas".

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Desejo de doar

O mesmo sentimento que levou os aposentados Fernando Cavaltante, 70, e Ana Maria Cavalcante, 69, a saírem de casa na tarde desta segunda-feira até um dos pontos de arrecadação da campanha, no Colégio Marista, no bairro de Nazaré, em Belém. Também acompanhando a situação do estado gaúcho pelos meios de informação, o casal se sentiu sensibilizado:

"A situação dos irmãos gaúchos nos tocou muito profundamente. A gente vem acompanhando pelas redes sociais. Nós decidimos comprar alguns alimentos e selecionar algumas roupas para doar. Estou mandando duas ou três camisas que eu nunca usei. Estou dando de coração aos nossos irmãos para tentar aliviar um pouco a situação deles", conta Fernando Cavalcante.

image O casal de aposentados Fernando e Ana Maria Cavalcante se prontificaram para colaborar com as doações. (Cristino Martins / O Liberal)

Fernando deixa uma mensagem para quem ainda não tem certeza se deve ou não ajudar:

"Com certeza vamos ajudar nossos irmãos, porque eles precisam. A situação deles é muito triste. Os que perderam a família, então, nem se fala. Deixo essa mensagem de que nossos amigos, paraenses, ajudem nossos irmãos gaúchos, que estão precisando".

 

Situação do Rio Grande do Sul é precária

Uma das idealizadoras da Campanha Ação Solidária do Norte ao Sul é a advogada Yara Silva. Ela relata que foi muito rápida a mobilização de pessoas e empresas em prol do serviço, pois ela já tinha uma rede de contatos de outras experiências voluntárias da qual já havia participado. Ela explica o que a causa do Rio Grande do Sul tem de especial:

"Diferente de outras campanhas de doações de mantimentos, a situação do Rio Grande do Sul é tão precária que até o que você não imagina que pode ser doado é doação - como peça íntima, absorvente, fralda de criança, pomada para assadura, cobertores, travesseiros. Tudo, além de água potável e alimento".

Yara diz que a campanha já agregou oito parceiros que estão atuando como pontos de arrecadação, além de transporte terrestre para enviar as doações ao Rio Grande do Sul, na próxima quarta-feira, 8. Ela acredita que possa fazer mais de uma remessa se a campanha crescer ainda mais:

"A todo o momento a gente está recebendo contato de pessoas e empresas querendo ajudar. A gente começou o dia pensando em ter dois voluntários por turno, mas agora [à tarde] já são cinco por turno. Começamos com quatro parceiros e agora são oito. É muito bom ver as pessoas se mobilizando".

Confira os pontos de coleta da Campanha do Norte ao Sul em Belém

📍 Colégio Marista Nossa Senhora de Nazaré: Avenida Nazaré, nº 902;
📍 Posto Antunes: Rua dos Pariquis e Tv Rui Barbosa, nº 2083;
📍 Edifício Torre Umari: Travessa Dom Romualdo de Seixas, nº 1500;
📍 Rede de postos Pombal: Ananindeua, Marituba, Benevides, Castanhal e Paragominas;
📍 Vise Corretora de Seguros: Rômulo Maiorana, nº 209, entre Antonio Barreto e Travessa da Mercês;
📍 Shopping Castanheira, próximo ao supermercado.

Horário: de 8h às 18h, exceto o Colégio Marista, que é de 7h às 19h.

Para se voluntariar é possível entrar em contato com o número: (91) 98810-1014.

Confira outras iniciativas para doações em Belém

📍 Colégio Physics - entrega na recepção das escolas até terça-feira, 7. Pode ser doado: água mineral, alimentos não perecíveis, roupas e itens de higiene pessoal;

📍 Ministério Público do Pará (MPPA) - doação em dinheiro via Pix pela chave 25.404.730/0001-89 (ENCHENTES RS - DOAÇÃO), Banrisul.

📍 Prefeitura de Belém - sede da Comdec, localizada na Aldeia Cabana, em 12 Centro de Referência de Assistência Social (Cras) e na Unimed, unidade Curuzu, na travessa Curuzu, 2212. Confira detalhes no link.

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