Não é e nem poderia ser só futebol Carlos Ferreira 28.04.24 6h00 Em geral, atletas e técnicos são vistos e tratados apenas como peças da engrenagem, inclusive por muitos da imprensa. Árbitros, dirigentes e outros só são notados nos erros. Jogo decisivo, mais que entretenimento, vira questão de vida ou morte. Para alguns aleijados mentais, futebol é mero pretexto para confrontos de vida ou morte. Há muito tempo deixou de ser só futebol. Futebol comporta gente do bem e até do crime organizado. As ambições o tornam cada dia mais desumano em diversos aspectos, retrato fiel da sociedade, mas não menos apaixonante. Mas, afinal, onde o colunista quer chegar com esse assunto? O papel de cada um de nós Somos permanentemente tentados a apontar heróis e vilões, numa era de julgamentos impiedosos nas redes sociais. Em geral, produzimos conclusões sem informações suficientes, sem nos perguntarmos "por quê?" e sem considerar o sofrimento dos familiares desses profissionais sempre que somos injustos. Já que não podemos reconstruir o ambiente do futebol, podemos refletir sobre o nosso papel na realidade mais próxima. É importante reconhecer excessos e omissões, compreender que o futebol vai muito além de jogos e campeonatos, entender que as peças do jogo são humanas. BAIXINHAS * Nós, imprensa, somos alvos preferenciais dos "atiradores" nas redes sociais, às vezes com ameaças à integridade física. Isso aumenta o desafio de dizermos o que pensamos ou até de informar o que apuramos. Desafio de sermos profissionais! * O futebol mudou muitos no amparo científico e tecnológico, nos avanços fisiológicos, nas concepções táticas, nas concepções mercadológicas, na pressão emocional, na segurança pública, nas comunicações... O futebol da atualidade exige mais da imprensa para ser interpretado ou simplesmente para ser noticiado. * Um dos desafios mais relevantes para jornalistas e radialistas é humanizar os profissionais ao olhar dos torcedores. É compreender e gerar a compreensão de que atletas e técnicos têm problemas pessoais que interferem no trabalho, como todos nós. * Erros técnicos, erros táticos, erros comportamentais voluntários ou involuntários... Tudo gera julgamentos, e alguns casos resultam em sentenças desproporcionais. É assim o futebol da era das redes sociais. * Visto pelo aspecto dos sonhos que desperta, o futebol funciona como uma grande armadilha social, com efeitos mágicos para alguns (como Rony, Ganso, Picachu...) e devastadores para a absoluta maioria. Mesmo os bem sucedidos, porém, experimentam os aspectos desumanos da profissão. * A exigência física faz homens funcionarem como máquinas. A pressão emocional por performance e resultados só premia os fortes. Competência e dedicação não bastam. O sucesso pode depender da sorte de não sofrer lesões graves, acidente grave no trânsito ou outros infortúnios. * No Brasil, segundo dados da Consultoria Pluri, só 2% dos mais 31 mil jogadores registrados pela CBF ganham na faixa de 20 salários mínimos: R$ 28.240,00. Para 82% cabe um rendimento mensal de no máximo dois salários mínimos: R$ 2.824,00. Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave carlos ferreira coluna colunas futebol paraense coluna de domingo do carlos ferreira clube do remo remo paysandu Paysandu esportes jornal amazônia COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Carlos Ferreira . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! ÚLTIMAS EM CARLOS FERREIRA Carlos Ferreira Vergonha! Em 15 jogos, só uma vitória 17.05.24 6h00 Carlos Ferreira Papão volta a ser vítima de si mesmo 16.05.24 6h00 Carlos Ferreira Papão em jogo para o máximo rendimento 15.05.24 6h00 Carlos Ferreira Papão: ofensividade sem equilíbrio 14.05.24 6h00