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Dança do Ventre no Pará: confira as conquistas da dançarina e professora Kyanni Suzuki

No maior festival de danças árabes do mundo, Representantes do Pará levaram os ritmos da amazônia para o palco e trouxeram medalhas

Gabi Gutierrez

Nesta segunda-feira, 29 de abril, é comemorado o Dia Internacional da Dança e, no Pará, os talentos têm se destacado cada vez mais no mundo da dança do ventre. Em abril deste ano, no maior festival de danças árabes do mundo, o Mercado Persa Brasil, que aconteceu em São Paulo, os representantes do Pará levaram os ritmos da amazônia para o palco e trouxeram medalhas na mala. Bailarina há 15 anos, a professora Kyanni Suzuki, escreveu seu nome na história ao tornar-se a primeira paraense a conquistar a medalha de ouro no festival.

Aos 25 anos, Kyanni participou pela 5ª vez do concurso. “Minha primeira vez foi em 2013, fiquei em 4º lugar, tinha apenas 14 anos. Segunda vez foi em 2019, fiquei em 3º lugar na categoria profissional sub 21. Em 2022, fiquei em 3º lugar na categoria profissional sub 31”, explicou a bailarina.

Para ela, a conquista da medalha de ouro representou não apenas um momento de reconhecimento pelo árduo trabalho, mas também um marco significativo para a trajetória de Kyanni. "São anos de dedicação e estudo. Ganhar o Mercado Persa era um grande sonho para mim", compartilhou emocionada. Ela também enfatizou a importância de representar a região norte do Brasil em um evento internacional predominantemente dominado por participantes do Centro-Oeste e Sul. "Uma paraense conquistar o ouro no maior festival de danças árabes do mundo é de grande representatividade. Ainda estou muito emocionada!", acrescentou.

Kyanni é dona do Arabik Studio, um grupo de danças árabes da capital paraense. Pela companhia ela participou de três categorias: Solo Profissional, Trio Clássico e Grupo Fusão. A dançarina não apenas se destacou na categoria Solo, mas também brilhou na categoria Trio Clássico, garantindo a medalha de bronze.

Além disso, o grupo impressionou na categoria Grupo Fusão, comandado por Kyanni, onde apresentou uma mistura única de dança do ventre, tecnobrega e carimbó. Embora não tenham subido ao pódio nesta categoria, ela afirma que a performance foi muito bem avaliada e elogiada. "O grupo Fusão não ganhou, mas foi muito bem recebido. Todos adoraram e pararam para elogiar. Inclusive um dos jurados ficou chocado quando o resultado saiu e não estávamos no pódio", compartilhou Kyanni.

Nessa categoria, a intenção é misturar dois estilos diferentes de dança, e não foi a primeira vez que a professora propôs um “remix” com os ritmos do norte. “Ano passado levei carimbó e dança do ventre. Já esse ano levei um pout pourri de Calypso, carimbó e tecnobrega, com dança do ventre e deu super certo!”, comentou.

Nasce uma dançarina

Kyanni revelou que sua jornada com a dança do ventre começou aos 9 anos de idade, quando sua paixão pela dança da cantora Shakira a levou a descobrir a dança do ventre. “Eu queria dançar, mas não sabia o que. Comecei no ballet e vi que realmente não era o que eu buscava. Então disse: quero dançar igual a Shakira”, contou.

Ela conta ainda que, no começo, em 2009, foi difícil encontrar locais que tivessem turmas para a idade de Kyanni na época. "Em março de 2024, completei 15 anos de dança. Comecei em 2009", falou Kyanni sobre sua trajetória.

Kyanni detalhou a dinâmica da competição, explicando que na categoria solo os participantes passam por duas fases: uma de improvisação, onde apenas sete são selecionados para a final, e outra fase com coreografias preparadas.

Os jurados escolhem apenas 7 para a final. E, nessa fase, dançamos uma coreografia que preparamos. E então os jurados escolhem os 3 primeiros lugares”, explicou Kyanni.

O ritmo árabe no Pará

Kyanni fala sobre o cenário da dança do ventre no estado, e acredita que só cresce a cada dia. “Antes era bem mais escasso, hoje já tem mais visibilidade, tem mais estúdios, tem mais pessoas que levam a dança do ventre a sério, com comprometimento”, disse a bailarina.

“Por isso, sempre que participo desses eventos, faço questão de mostrar que sou do Pará, o trabalho que faço e todo o meu comprometimento e paixão por essa arte”, completa.

Amor pela dança

A dica de Kyanni para se destacar na dança, independente do ritmo é “fazer tudo com muito amor, com ética, responsabilidade e muita dedicação”. “Não é nada fácil! Mas amar o que faz torna o caminho bem melhor. Parece clichê, mas é exatamente o que eu vivo”, ela diz.

“Vivo 100% da dança. Sou empreendedora e cuido de tudo sozinha no studio, dou aula a semana inteira e ainda faço faculdade. Mas jamais faria algo diferente! Meu Studio e minhas alunas são a minha maior realização. Dá muito trabalho, é muito cansativo, mas quando a gente ama o que faz, tudo fica mais leve”, finalizou a medalhista.

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